“Os países com os melhores desempenhos econômicos são os que apresentam os melhores índices de igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, afirmou Gro Brundtlan
A ex-presidente do Chile leu um documento em que afirma que o mundo está seguindo um caminho de disparidade econômica e social
Rio de Janeiro - Oportunidades iguais. Acesso a terra, ao capital, ao crédito e ao mercado. Esses são os pontos essenciais que as mulheres e líderes mundiais querem ver inclusos no texto final do documento a ser assinado pelos Chefes de Estado essa semana na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que está sendo realizada no Rio de Janeiro.
Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual subsecretária geral e diretora executiva da ONU Mulheres e Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e enviada especial do secretário-geral da ONU para Mudanças Climáticas participaram de uma entrevista coletiva essa manhã no Riocentro e falaram sobre o tema. “Os países com os melhores desempenhos econômicos são aqueles que também apresentam os melhores índices de igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, afirmou Gro Brundtlan. “E isso é pouco divulgado”.
A ex-presidente do Chile leu um documento em que afirma que o mundo está seguindo um caminho de disparidade econômica e social. Um mundo balanceado depende do equilíbrio entre os sexos. Infelizmente, essa não é a realidade atual. Uma mulher morre a cada minuto no mundo devido a complicações na gravidez ou durante o parto. As mulheres continuam a não ter as mesmas oportunidades e direitos em muitos países. “Isso não é sustentável”, disse Michelle Bachelet. “Nossa apelo é pela priorização da mulher”.
Para Gro Brundtland, a mulher tem um papel crucial no desenvolvimento sustentável, além de ter um impacto importantíssimo na economia. “O empoderamento das mulheres é um pré-requisito para mudanças”. A ex-Primeira Ministra da Noruega citou o próprio país como exemplo da inclusão feminina. Na Noruega, 75% das mulheres trabalham, enquanto na América Latina esse número é de 53% e no Japão apenas 30%. Nas companhias japonesas, apenas 9% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres.
Fonte: http://exame.abril.com.br/
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